Monday, December 18, 2006

bttraquios na capital

O frio gelava as orelhas, como um frigorifico gela os legumes, o leite, a carne, o vinho ou a fruta. Eram apenas 08:15 nessa manhã de Inverno em que o sol espreitava por entre as folhagens do arvoredo. As sombras frias e húmidas, faziam lembrar os corredores dos iogurtes e produtos frescos. Foi neste clima inóspito e cruel que estes quatro BELOS jovens de corpos esbeltos e de vontade inamovível, decidiram fazer uma incursão pelo parque de Monsanto.
O transporte escolhido foi o melhor, esse mesmo que estão pensar…. linda com os seus quatro pneus, quatro piscas, quatro portas, quatro como os quatro ocupantes e suas meninas, meninas que, umas deitadas na traseira a fazer sabe-se lá o kê e outras ao frio, fizeram uma viagem sossegada e tranquila, desconhecendo totalmente o que o destino lhes guardava para aquela manhã.
Já no destino, estes quatro belíssimos jovens de aparência gélida e com o belo pingo a escorrer pelo nariz como uma gota de orvalho que cai da sua folha, puseram-se ao caminho, atravessando montes e vales à procura do desconhecido.
O trajecto escolhido tinha sido uma track GPS retirada da Internet que seria seguida pelo magnífico e brilhante navegador caracol, rapaz de bons costumes que apenas tem um problema de flatulência que o impede de ser a pessoa mais educada do planeta (e arredores…).
O trilhos esses, eram lindos, lindos como os raios de sol que trespassavam as árvores mais altas e nos batiam na cara, fazendo-nos arrepiar os pelos do rabo, trilhos que tendo pequenas pedrinhas que de tão polidas e húmidas que estavam, provocavam alguns arrepios aos menos astutos.
Os pássaros cantavam, contentes com a manhã que aquecia ao ritmo lento da passagem das horas, o seu canto era interrompido apenas pelo grito das ambulâncias e pelo movimento dos comboios.
Os pingos do nariz, esses….escorriam pela face até às orelhas, orelhas que estavam geladas como uma bifana que se coloca no frigorifico e ali permanece durante uns dias até ser deglutida pelos seus predadores.
Apesar da passagem lenta do tempo, não tivemos de esperar muito até que o jovem Sérgio estreasse a sua bicicleta com uma queda, as rizadas foram inevitáveis, como inevitável foi a asneira dita após passarmos por um casal de senhores idosos e o mesmo ter tido um encontro imediato com uma silva, silva essa que apenas tentava chegar ao outro lado do caminho para ir ter com o seu amado cardo.
A fotografia do dia, foi tirada por um jovem companheiro da bicicleta que encontrámos ao pé do moinho, estávamos lá todos, lindos com os cabelos a brilhar ao sol, agitados pelas brisas matinais dessa bela cidade, à beira rio plantada, que é Lisboa.
Na segunda parte, o ritmo do magnífico, brilhante e flatulento navegador aumentou para que as nossas Belíssimas, Esbeltas, Simpáticas, Adoradas, Inteligentes e Pacientes esposas não tivessem de esperar muito tempo pela nossa, tão necessária, presença. Durante a aproximação do nosso meio de transporte, a pergunta que se colocava no ar era ...”..será que ainda lá está??...”, mas lá estava ela, com as suas cores a brilhar ao sol, esse sol que a essa hora até já aquecia os corações dos namorados que se passeavam pela rua.
A distância total, não vou divulgar, apenas vou dar algumas pistas, foi mais de 28 e menos de 30km.

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