Monday, May 14, 2007

Descompressão

Hora e local de início: 08:30 no Seixal
Quem foi: Eu, Tó (o Jorge teve um baptizado).
Trajecto: Descemos pelos calhaus de Stª Susana, rolamos até Carvalhal, Subimos pelos calhaus até ao Boco (não é boa para cardíacos), descemos para o Arquitecto, subimos para Mafra, fomos pelo auto-estrada até aos Gorcinhos, fomos fazer uma visita de cortesia ao Jorge (Murtais), voltamos para Mafra, Descemos por trás do Modelo, Rolamos até Ribeira D’Ilhas, fomos pela Marginal até à Foz do Lizandro, Single-Track até S. Julião, pelo vale até à zona do Seixal (Sintra), descemos pelo calcanhar de Aquiles do Paulo, picamos até onde conseguimos na direcção de Stª Susana, fomos pelo trilho desconhecido até ao aos eucaliptos, descemos e fomos pela fonte até ao Seixal.
Total: 53km.

NOTAS:
-No caminho até carvalhal dei uma queda lateral e não fosse a boa abertura de pernas e rapidez a desencaixar o pezinho, tinha ido mesmo para dentro da poça de lama (assim foi só o pé que lá foi).
-A descida para o arquitecto vindo do lado do Boco é rapidíssima, nunca a tinha feito àquela velocidade!!!
-No final do Single-Track (antes de descer) para S. Julião, encontrámo-nos com 2 companheiros que desceram aquilo numa belina do caraças, o pior foi quando o segundo elemento quis fazer uma redução e virou o desviador traseiro todo ao contrário (chegou mesmo a partir o apoio do desviador). Para a próxima….mais calma.
-Levei novamente os calções para teste. Continuo sem me encaixar muito bem neles, mas já me senti melhor.

Monday, May 07, 2007

Portalegre 2007

Já há 2 anos que tinha a ideia de fazer a maratona de Portalegre. Estive inscrito na de 2006, mas não tive oportunidade de a fazer.
Este ano, mesmo não conseguindo convencer os meus companheiros habituais, inscrevi-me para a dita maratona.
Após a lesão do companheiro ia comigo, acabei por ir sozinho (apesar de lá estar o Sérgio foi como se não lá estivesse...).
A coisa começou logo menos bem, quando acordei cheio de dor de garganta e uma farfalheira daquelas. Tomei um belo pequeno almoço, violei uma das regras mais importantes do BTT (nunca experimentar vestuário novo numa prova!!) e eram 07:30 estava na zona de partida.
Fiz o controlo zero e ainda fiquei com uns 500 companheiros à minha frente. Tinha hora e meia de espera sem ninguém para divagar…..
Estava a observar o pessoal à minha volta e vi uma bina de marca “AIRBORNE” (para bom entendedor ½ palavra basta) montada com XTR, mas o grande pormenor é que o garfo da suspensão estava montado ao contrário (ou seja, virado para trás e com o Vbrake também da parte traseira) e lá tive de perguntar o porquê daquilo e assim se arranjou conversa ali com uns quantos companheiros de luta (pessoal de Palmela).
Com uma pontualidade não habitual por estes lados, a partida foi dada exactamente às 09:00 e quando começámos a andar é que deu para ver a multidão de bicicletas que por ali estavam (cerca de 4700).
Azar dos azares é que depois de hora e meia de espera, mal comecei a rolar, deu-me vontade de urinar. Lá escolhi uma subida para ver se perdia menos posições, entretanto, já me tinha apercebido que os calções novos não eram assim tão confortáveis como eu esperava.
A primeira subida (ainda em alcatrão) custou-me, pois os pulmões não queriam trabalhar nem à lei da bala. Fui passado por uma boa centena de participantes (ou mais)!!!!
Na subida para as antenas, apesar de me doer os pulmões, lá consegui aguentar o ritmo do pessoal (é claro que haviam aqueles cavalos que parecem que aquilo não lhes custa nada).
Após o primeiro abastecimento, veio a descida…picadíssima e cheia de pedra. Não deu hipótese para descansar (principalmente os braços).
Depois de passarmos por uma zona lindíssima, veia a segunda grande subida, uma calçada bem estreita e dentro de uma localidade. Apesar da maioria do pessoal se ter apeado, inspirei-me e mamei tudo até a final.
Pouco depois, encontrei o Sérgio Faia e o Bruno, Bruno que já estava todo mamado e os músculos a começar a trancar.
Até aos 60km (local do segundo abastecimento) fiz um bom ritmo e recuperei algumas das posições que tinha perdido na primeira subida.
Depois é que foi……
Saí do abastecimento e comecei a subir em alcatrão, o “traseiro” doía-me, mas como já é habitual, não liguei e lá fui subindo.
Apesar de me doer cada vez mais e de muito pessoal se ter apeado, estava decidido a subir aquilo tudo até ao fim, por vezes para aliviar a dor, levantava-me, mas depois eram as pernas que me obrigavam a sentar novamente.
Quando cheguei ao cimo, tive de parar para aliviar o “traseiro” e como depois foi uma descida bem rápida que fiz em pé nem dei conta de como estava.
Acabado de descer e sento-me, foi quando vi que estava todo lixado com “F”.
O passeio acabou ali, foram 10km a sofrer para chegar à zona de recolha, tive até de ligar para a assistência para confirmar se havia ou não recolha aos 75km ou tinham mesmo de me ir buscar.
Simplesmente não conseguia pedalar, só a descer e em zonas mais direitas me conseguia manter em cima da bicicleta, mas sempre sem me sentar.
Mesmo quando me apeava, os passos tinham de ser muito pequenos ou as dores apertavam.
Ainda hoje (que felizmente já recuperei), continuo sem saber o que aconteceu ao meu coxis!!!
É claro que o meu erro foi imperdoável e estou fartinho de saber que nunca se experimenta vestuário em provas/passeios.
Tenho mesmo muita pena de não ter conseguido terminar os 100km, principalmente por um erro tão estúpido.
Agora outras considerações:
-A Organização estava excelente.
-O circuito era demasiado exigente (tanto a nível físico como técnico), mas o que é que se há-de fazer.
-De Portalegre estou despachado e de maratonas acho que também.